terça-feira, 10 de abril de 2012

Um Presente Para o Papai: Capitulo 33

Lua desceu as escadas e encontrou-o sentado no primeiro degrau onde havia caído minutos antes.
Estava com a cabeça entre os joelhos enquanto fungava. Ela teve receio de se aproximar, com
medo de que ele ficasse violento, mas não resistiu em sentar-se ao seu lado e passar o braço
por cima de suas costas, tocando o tecido da camisa completamente molhada pela chuva.Arthur
tirou o rosto das mãos e a olhou com o rosto banhado pelas lágrimas. Ele fungou novamente
cruzando as mãos e olhou fixamente para frente enquanto tentava segurar o choro.

— Vem... Você precisa deitar. — Lua disse segurando-o pelo braço de maneira delicada e o
ajudou a se levantar.

Subiram as escadas com dificuldade e passaram pelo quarto de Julia que continuava com a porta
fechada.

— Julia... — ele sussurrou.
— Ela está dormindo Arthur. — mentiu — Amanhã você conversa com ela. Vem...

Lua abriu a porta da suíte e o ajudou ir até a cama. Ajudou-o a se sentar e tirou seus
sapatos. A campainha tocou fazendo-a se levantar.

— Deve ser a sua mãe. Já volto.
Ela tirou Julia do quarto após arrumar uma bolsa com algumas roupas e explicou a Melissa o
que havia acontecido. Pediu para que a mesma levasse a menina para casa e que ela mesma se
encarregaria de cuidar de Athur.
Pegou um copo d’água e levou consigo para cima. Quando entrou Arthur estava atirado na
cama. Colocou o copo em cima do criado-mudo e sentou-se ao seu lado tocando seu rosto.
Colocou o copo em cima do criado-mudo e sentou-se ao seu lado tocando seu rosto.
— Thur... — ele abriu os olhos vermelhos e a mirou um pouco perdido — Você precisa tomar um
banho, tirar essa roupa encharcada ou vai adoecer. Além do mais pode entrar em coma alcoólico
se dormir agora. — ela dizia rápido demais enquanto o ajudava a se sentar na cama para logo
depois levantar-se e guardar os sapatos molhados em um canto do quarto. — Por que bebeu? Que bem
te faz? Gritar assim com Julia... Machucá-la e machucar-se dessa maneira. — ela suspirou
frustrada parando no meio do quarto vendo a maneira estranha como ele a olhava. — Vou encher
a banheira.

— Lu... — sua voz rouca e cansada ecoou pelo quarto. Ela se virou arqueando as sobrancelhas —
Obrigada...

-----------------------------------------------------
Perdido e inseguro você me achou, você me achou...
Deitado no chão, cercado. Por que você teve que esperar? Onde você estava?

Nenhum comentário:

Postar um comentário