sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A fortaleza de um Amor - Parte 4


Lua não tinha familiares lá, antes de ela o conhecer, morava na França. 
Arthur não tinha o endereço de sua antiga casa lá, e não gostava nem de 
pensar nas coisas que poderiam ter acontecido com ela. Poucas horas 
depois, Arthur e Sophia descobriram através de vizinhos que a casa de 
Lua foi desocupada a pouco tempo, disseram que saíram com muita pressa, e
que antes de partirem os vizinhos puderam ouvir muitos gritos de uma 
garota. Arthur ficou chocado. A única garota que morava ali era Lua... 
Por que ela havia gritado? Céus... O que havia acontecido com a sua 
Lua...

- Já chegou amor? – A sua futura noiva aproximou-se dele,com um sorriso 
estampado no rosto – Senti a tua falta, querido. – sentou-se no seu 
colo, selando os seus lábios.
- Eu também, Pérola. – Forçou um 
sorrisinho, pousando um beijo em sua bochecha. Ele não estava nem um 
pouco animado, pois depois de amanhã seria véspera de ano novo... 

Você parece cansado. – O analisou – Vem, vamos tomar um banho para 
dormir? – Perguntou e ele assentiu, suspirando fundo e levantando-se – 
Você não devia trabalhar tanto. – Finalizou.

O dia amanheceu e 
Arthur acordou sentindo o seu corpo pesado sobre a cama. Pérola não 
estava mais no apartamento. Ela havia saído para fazer compras de ano 
novo em outra cidade e provavelmente iria demorar. 

Ele decidiu 
pegar ar fresco, caminhar. Então como ele morava perto da praia, 
resolveu que iria lá. Ele precisava sair daquele apartamento, precisava 
respirar ar puro e colocar os pensamentos no lugar... Mas o invés de ter
seus pensamentos mais claros a única coisa que conseguiu foi deixá-los 
mais confusos.

Enquanto ele caminhava pela praia era inevitável recordar-se de outrora.
Principalmente naquele dia que estava tão próximo do ano novo... E foi 
exatamente no ano novo que ele conheceu a amor de sua vida, e um ano 
depois, ele perdeu quem mais amava. Num reveillon também. Lua havia 
simplesmente desaparecido. Arthur fez de tudo para encontrá-la, até 
contratou um detetive. O que não adiantou, pois ele não achou nada que o
levasse a Lua. Desde então, um imenso vazio formou-se em sua vida. 
Vida... Como era amargurante dizer essa palavra. Há muito tempo ele não 
sabia o que era viver. Desde que ela se foi, Arthur parece mais um 
“morto vivo”. Tudo o recordava ela. A brisa do mar lembrava-o de seu 
perfume. O brilho radiante do sol, dos seus olhos. O azul intenso do 
cêu, novamente o recordava de Lua. E as nuvens? Eram tão brancas quanto a
perfeita linha de dentes que Lua exibia ao sorrir. Nossa... Como ele 
sentia saudades de beijá-la... De tocá-la... No início, ele tentou ser 
otimista, pensando que logo iria esquecê-la, que era só uma paixão de 
adolescente. Mas droga... já se passaram CINCO anos! Por que ela seguia 
tão viva em sua memória? Em seu coração!? 

Arthur sentou-se na 
areia e ficou fitando o mar. O azul do cêu refletia em suas águas, 
enquanto fazia-se leves ondas. Às vezes ele perguntavá-se porque iria 
pedir Pérola em casamento, já que não a amava. Mas logo vinha a 
resposta: Ele não precisava amar intensamente uma pessoa para estar com 
ela. Ele gostava dela, e isso era o suficiente. 

Não acontecem várias vezes na vida, uma paixão como a que ele sentia por Lua. O amor é raro e único.

Arthur resolveu levantar-se e continuar andando. Assim que ele 
levantou-se esbarrou-se em alguém, praguejando a pessoa mentalmente por 
não tê-lo visto ali. Ele, já de pé, erqueu o rosto para ver quem era, 
até que de repente o tempo parou no momento que os seus olhos se 
encontraram com os dela. 



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