domingo, 19 de fevereiro de 2012

Amores Imperfeitos: Capitulo 4

- Certo. Mais e agora, está comprometido? – quando fiz essa pergunta, fiquei com um pouco de medo da resposta – Continua com o seu romance com a atriz Jhulie Campello? – nesse instante o olhei. Nossos olhares permaneceram fixos um no outro por longos minutos. Assim que desviei o olhar e abaixei a cabeça, fechei os olhos e me passou um filme na cabeça.


Jhulie Campello a garota que fazia teatro na faculdade. Aquela em que eu a vi o beijando no estacionamento. Aquela que me fez acabar o namoro. Aquela que até hoje me faz sentir ódio de Chay Suede.

- Não durou muito tempo, foram apenas alguns meses – enquanto falava me olhava com um certo receio nos olhos – somos amigos, nada mais que isso.

  Me senti aliviada quando ele falou que eram apenas amigos. Talvez não fosse verdade, mais ainda sim senti aquele alivio. Decidi abandonar as perguntas da entrevista e quis saber mais sobre isso. Não durou tanto tempo e porque ele jogou fora o que tínhamos? Quis saber, mesmo não tendo mais nada haver com isso.

- Não durou muito tempo não é mesmo Chay Suede? E porque jogou tudo que tínhamos fora? Sabe que esse é o motivo pelo qual te odeio né? Porque me enganou, brincou comigo. Disse-me inúmeras coisas lindas e no final das contas te vi no maior dos beijos com essa garota. Você e seus instintos infantis – apoei minhas duas mãos no sofá e olhei fundo em seus olhos. Falei tudo isso com tamanha raiva e sarcasmo.
- Por conta disso mesmo Melanie. Por conta do meu instinto infatil. – ele abaixou a cabeça e em seguida passou a mão sobre os cabelos.
- Chay você é tão idiota. Sempre foi e o pior, eu sempre soube disso e mesmo assim quis dar ouvidos ao meu coração e dar uma chance pra você. Acho que foi a pior coisa que fiz na minha vida. Você me usou, você mentiu pra mim, e talvez a Jhulie não tenha sido a única a qual você tenha me traído. – falei com um tom de voz mais alto.
- Não precisa me lembrar Melanie. Não vou fugir de nada. Não vou negar nada, você está certa ok? Não se preocupe porque eu nunca achei certo o que eu fiz e me desculpe se não fui o cara dos seus sonhos. – ele ficou de pé e passou a me olhar também. Estava nervoso e com um embargue na voz.
- Ainda bem que você sabe! Pelo menos isso você sabe. – levantei também e ficamos de frente um pro outro, o que fez nossos corpos ficarem próximos e meu coração confuso, sem saber se parava de vez ou se batia tão rápido quanto estava.

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