sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A fortaleza de um Amor - Parte 5


Por uma grande quantidade de tempo, 
nada foi dito. Eles simplesmente estavam com os olhares grudados um no 
outro, como numa hipnose. Era como se tudo em suas voltas deixasse de 
existir, e só estivesse eles dois ali. Nenhum dos dois acreditavam no 
que estavam vendo, não podia ser real... 
- Ar-Arthur? – a voz doce 
de Lua o acordou de um transe, onde seus pensamentos flutuavam no 
passado – É você mesmo!? – tornou a perguntar olhando-o incrédulo. Mas 
era como se o corpo de Arthur não obedecesse aos seus comandos. Ele 
permanecia ali, imóvel.
- Si-Sim. – foi a única coisa que conseguiu falar. Lua sorriu intensamente, jogando-se nos braços dele por impulso. Abraçando-o.
-
Eu te procurei tanto! – ela murmurou com o rosto enterrado em seu 
ombro. Lua como sempre, uma pessoa muito emotiva, não se importava se 
fazia anos que eles não se viam. Se ela sentia vontade de abraçá-lo, 
simplesmente o abraçava. Sem receio algum. 
- Lua... – sussurrou baixinho o seu nome, por fim, envolvendo os seus braços entorno dela, abraçando-a. 

Ficaram
ali, deixando o tempo que ficaram longe consumir-se enquanto estavam 
abraçados. Eles haviam esquecido de tudo, não conseguiam pensar em mais 
nada, além do que estava acontecendo. Quando separaram os seus corpos, 
não deixaram de olhar-se por nenhum momento. 
- O que você está 
fazendo aqui...? Onde você estava durante esse tempo todo...? – ele sem 
aguentar, lançou-lhe um monte de perguntas. 
- Arthur, é uma longa história...- suspirou fundo, fitando o chão.

- Eu estou disposto a ouvi-la. – A puxou para sentar-se na areia da 
praia. A manhã não estava muito ensolarada, e uma leve brisa passava 
pelo local, dando uma sensação gostosa em suas peles. Como uma leve 
carícia. 
- Como você sabe, os meus pais nunca gostaram de você... 
Eles eram muito obsessivos quando queriam algo... E eles queriam que eu 
me separasse de você. Na época, eu era menor de idade... – Lua suspirou –
Então, quando eu cheguei em casa, naquele dia meus pais me obrigaram a 
ir embora com eles. Sem avisar a ninguém. Eles até quebraram o meu 
celular... Computador... Eu fiz de tudo para não ir com eles... Gritei, 
chorei, tentei fugir de casa, mas não consegui e eles me levaram para 
fora do país. Desde então eu tive um propósito... Assim que eu ficasse 
maior de idade, eu iria voltar para o Brasil. Mas quando eu completei 18
anos, meus pais não quiseram me dar dinheiro para voltar... Então eu 
tive que juntar... Só depois de três anos eu pude voltar para o 
Brasil... Mas eu não te encontrei lá no Rio de Janeiro... Eu não sabia 
que você tinha trocado de estado. 
- Lua... Seus pais não tinham o 
direito de fazer isso. – falou, sentindo uma súbita dor do passado 
voltar a atormentar o seu peito.

-Eu também fiquei muito mal aqui. Eu não sabia o que tinha acontecido 
com você... Você poderia até estar morta... Eu até contratei um detetive
para te achar... Mas depois de dois anos e meio de procura, o detetive 
falou que era melhor eu desistir de procurar-te e tentar viver a minha 
vida. Eu o ouvi, até mudei de estado para ver se te esqueceria. Ilusão 
minha, pois eu nunca te esqueci. – confessou, sentindo-se mais aliviado.
- É incrível, Arthur... As coisas parecem estarem escritas pelo destino... 
- Por que diz isso?- a olhou confuso, colocando para trás uma mecha de seu cabelo.
-
Olha só para nós...Onde estamos... – falou olhando a sua volta - Numa 
praia! Voltamos ao ponto do início do nosso namoro... Se lembra quando 
nos conhecemos? Você salvou a minha vida naquele dia... 
- Lógico que me lembro... Como esquecer... Aquele dia ficou marcado em nossas vidas. Para sempre. 
-
Arthur... Eu me sinto tão desnorteada... Sem saber o que fazer... O que
sentir, agora que te encontrei. – falou sincera, olhando-o fundo nos 
olhos. Arthur sentiu-se arrepiar-se somente com o olhar de Lua. 
- Eu também, Lulu.- suspirou.
- Então... O que vamos fazer, Arthur? 
- Não sei... Não sei se há algo a fazer. 
- Como assim “não há algo a fazer? – ela olhou-o um pouco incrédula.

- Lua, já passaram-se tantos anos... Muitas coisas mudaram... 
- Teus
sentimentos, Arthur... E eles? Eles mudaram por completo? – Lua era o 
tipo de mulher direta de mais. Não hesitava em demonstrar o que sentia, 
nem em perguntar aos outros sobre os seus sentimentos. Mas Arthur estava
confuso, ele sentia medo, e nem sabia direito de quê... Mas sentia 
muito medo. Talvez, medo de sofrer. Talvez.
- Como eu disse Lua, 
muita coisa mudou. – tentou fugir do assunto, ele não queria falar sobre
os seus sentimentos, até porque, nem ele mesmo os entendia.
- Eu te perguntei algo, Arthur. Por favor, responda-me!Teus sentimentos, todos mudaram? -o olhou esperançosa.



Comentem MUTHO! Quero ver em !!

2 comentários:

  1. aaa veio posta mais agora fiquei curiosa, se tu nao postar eu vo ter que comentar amanha morta la do alem

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